O que é "Estelionato imobiliário"
O estelionato imobiliário é um tipo de fraude que envolve transações de compra, venda ou aluguel de imóveis.
Algumas formas de estelionato imobiliário são: Venda de imóveis inexistentes, Venda de lotes irregulares, Venda de imóveis já hipotecados ou endividados, Uso de documentos falsificados.
O estelionato é um crime previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, que pune com reclusão de 1 a 5 anos e multa. O crime só é aceito na forma dolosa, ou seja, quando há intenção de lesar.
A duração de um processo por estelionato depende de vários fatores, mas em média dura de 1 a 5 anos.
Para se proteger de golpes de estelionato imobiliário, é recomendado seguir algumas precauções:
Consultar órgãos de defesa do consumidor a fim de certificar-se da idoneidade do vendedor.
Visitar o imóvel e imediações, assegurando uma vistoria que comprove a existência e qualidades do imóvel.
Confirmar autênticidade da documentação do imóvel, recorrendo aos órgãos que possam atestar as escrituras, contratos, etc.
É indicado o auxílio de um profissional especializado em direito imobiliário para uma orientação mais detalhada que permita efetuar as transações de forma segura.
15 golpes comuns contra idosos
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, divulgou a
Cartilha de apoio à Pessoa Idosa: enfrentando à violência patrimonial e financeira.
Esta cartilha apresenta definições sobre como podemos entender e identificar a violência financeira e patrimonial, bem como os principais golpes que vitimizam sobretudo as pessoas idosas, de forma presencial, por indivíduos ou instituições, ou em ambientes virtuais, por meio de redes sociais, e-mails, aplicativos de mensagens e sites de compras pela internet, entre outros meios digitais.
Veja abaixo os golpes mais comuns:
Bilhete premiado
O golpista se apresenta como ganhador da loteria e diz que está com o bilhete premiado. Mas afirma não ter como retirar o dinheiro. Daí oferece ao idoso o prêmio, se ele pagar menor valor.
Para se proteger: as instituições bancárias informam que não há intermediários para retirada de prêmios.
Bilhete falso
Após investigar seus interesses, o golpista apresenta um boleto falso de viagens, consórcios, operadoras de telefonia, multas ou até mesmo de igrejas, e envia por e-mail.
Sem saber, a vítima faz o pagamento.
Para se proteger: Antes de fazer qualquer pagamento, confira o valor, a data de vencimento e quem será beneficiado.
Cartão retido no caixa eletrônico
Os golpistas instalam “armadilhas” nos caixas eletrônicos para segurar o cartão magnético na máquina. Com isso têm acesso aos dados bancários.
Para se proteger: Verifique se o caixa utilizado não tem algum aspecto diferente ou estranho.
Empréstimo consignado e concessão de cartão de crédito
O idoso passa receber telefonemas insistentes com ofertas de empréstimos e cartões de crédito consignados.
Neste caso, há duas modalidades: telessaque ou saque pelo telefone sem autorização; e telessaque ou saque pelo telefone sem contrato pessoal.
Para se proteger: Caso perceba algum depósito, entre imediatamente em contato com sua instituição bancária para relatar o incidente.
É importante manter o registro das comunicações e transações.
Namorado (a) falso (a)
Para “conquistar” a vítima, o golpista usa sites de namoro. Pedem dinheiro, ajuda e presentes. Relatam histórias repletas de dramas e tragédias.
Para se proteger: Avise um parente ou amigo, em caso de suspeita, e comunique à polícia.
Falso sequestro
Com gritos desesperados, os golpistas avisam que uma pessoa próxima está sequestrada – filho (a), irmão (ã). Em seguida, pede pagamentos.
Para se proteger: Jamais diga nomes ou dê dicas. Desligue o telefone e ligue para a suposta “vítima” do sequestro.
Falsa central de atendimento
Os golpistas se passam por atendentes de bancos ou instituições financeiras. Usam as mesmas expressões e até números semelhantes. Os bancos avisam que não prestam esse tipo de atendimento.
Para se proteger: Não forneça dados e entre em contato com sua agência bancária imediatamente.
Maquininha de cartão
Há três modalidades nesse golpe específico. O visor da maquininha quebrado, com isso o golpista passa um valor aleatório e o idoso não checa.
Película no visor da maquininha: o golpista cola um adesivo no visor da maquininha para cobrir parte da tela onde aparece o valor que será cobrado. Assim, a vítima efetua o pagamento acreditando ser o valor que ela visualiza, mas o real valor cobrado é muito maior.
Visor da maquininha adulterado: a alteração fica na tela e a impressão é que foi passado um valor, mas de fato foi outro.
Compra duplicada: a vítima digita sua senha para confirmar a compra e, logo em seguida, o golpista diz que houve algum erro.
Para se proteger, evite usar máquinas “estranhas” e não entregue seu cartão a terceiros.
Cartão clonado e ajuda do motoboy
A vítima recebe um telefonema do golpista que informa que seu cartão foi clonado. Ele avisa também que um motoboy está a caminho para levar “um cartão novo”.
Porém, é preciso que sejam “checados” dados.
Para se proteger: Não compartilhe informações e dados sigilosos.
Carro estragado
Em um telefonema, o golpista se apresenta como um parente e pergunta se a pessoa “se esqueceu” dele. Depois, pede dinheiro para consertar o carro via PIX.
Para se proteger: Mantenha a calma, tente entrar em contato com o suposto parente. Não faça transferências.
Processo judicial
Por telefone, WhatsApp ou e-mail, os golpistas informam que o idoso tem direito a receber certa quantia em dinheiro devido a uma causa ganha na Justiça.
Para se proteger: Certifique se as informações são verdadeiras. Não responda os contatos. Vá direto à suposta Instituição que teria enviado a mensagem.
Saidinha de banco
As dificuldades dos idosos nos bancos são usadas como meio para os golpistas usarem de má fé. Portanto, nada de pedir ajuda a desconhecidos.
Os golpistas aproveitam para coletar dados pessoais, senha e código de segurança do cartão.
Para se proteger: Procure sempre um funcionário da instituição bancária.
Site falso
Para se proteger: Desconfie de prOs golpistas criam sites falsos para venda de diversos produtos. São tão organizados, há propaganda e logomarcas idênticas às verdadeiras.eços baixos, pesquise sobre o site antes de efetuar compras.
Troca de cartão
Ao perceber que idoso está na saída do banco, o golpista esbarra nele e troca o cartão.
Para se proteger: Não permita que pessoas, que não sejam funcionários do banco, examinem seu cartão.
WhatsApp clonado
Com uma conversa longa, o golpista se aproveita para captar os dados e, assim fazer a clonagem. A partir daí, envia mensagens com pedidos de dinheiro e de transferência de PIX.
Para se proteger, jamais compartilhe senhas.
Leia mais em:
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/pessoa-idosa/publicacoes/cartilha-de-apoio-a-pessoa-idosa-enfrentamento-a-violencia-patrimonial-e-financeira
Fraudes em 2024
Em 2024, o Brasil já registrou mais de 1 milhão de tentativas de fraude, totalizando R$ 1,2 bilhão, segundo a ClearSale. O grupo mais afetado pelos golpes foram os millennials, nascidos entre 1980 e 1995.
Algumas tendências de fraude e identidade para 2024 são:
Aumento do uso de identidades sintéticas
Aumento do uso de inteligência artificial por criminosos
Aumento do uso da inteligência comportamental para combater fraudes complexas
A fraude é cada vez mais coordenada através das fronteiras internacionais
Para se proteger de fraudes, é possível:
Desconfiar de promoções e ofertas enviadas por e-mail, principalmente de lojas que você nunca teve contato anteriormente
Verificar a ortografia, o remetente e o domínio utilizado na mensagem
A Febraban e seus bancos associados promovem o 1º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária, que será realizado nos dias 7 e 8 de maio de 2024, em São Paulo
Inadimplência no Brasil
Em 2024, a inadimplência no Brasil tem apresentado um aumento e está afetando um número cada vez maior de pessoas:
Em outubro de 2024, 68,11 milhões de consumidores estavam inadimplentes, o que representa 41,23% dos adultos brasileiros.
Entre agosto de 2021 e o mesmo mês de 2024, o número de pessoas inadimplentes cresceu 16%, passando de 62,25 milhões para 72,46 milhões.
Em março de 2024, a inadimplência cresceu 1,19% em relação ao mês anterior, o que equivale a 855 mil consumidores inadimplentes a mais.
Os principais segmentos com mais inadimplentes são cartão de crédito, contas básicas e financeiras.
A faixa etária com mais inadimplentes é a de 41 a 60 anos, representando 35,1% da população inadimplente.
A dívida pública do Brasil também está em crescimento, e a projeção é que chegue a 80% do PIB em 2024.